Monday, June 25, 2007

Evasão I



Os amantes nunca se combinam bem. Um deles lança sempre a sua sombra sobre o outro e impede-o de crescer, de modo que aquele que se sente sufocado procura desesperadamente um meio de evadir-se, para poder crescer sem entraves. Não é este o drama essencial do amor?

5 comments:

Anonymous said...

Com amantes desses não é preciso ver filmes de terror

Anonymous said...

Concordo, totalmente, com o que diz e o verdeiro amor esá em conseguir, pelos menos, manter algum equilibrio entre quem ofusca e quem se deixa ofuscar, para que o ofuscado não seja obsorvido.
Quer se queira quer não essa é a natureza humana.
Custa mas é assim...

pedro morais correia said...

Há este vício de chamar amor a tudo. Mas amor implica renúncia ao exercício de poder – sem renúncia não é amor – pode ser algo parecido, mas não é amor.

pedro morais correia said...

correcção:
renúncia de qualquer exercício de poder

Doramar said...

O amor é benigno e permite que ambos se afirmem e voem juntos, sem se asfixiarem. Chegar até aí é difícil, mas é essa a caminhada do Amor. E pede renúncia, sem dúvida, quanto mais não seja à ideia estereotipada do amor maligno.